Segunda, 13 de Maio de 2024
A máfia dos reboques realmente acabou no Rio de Janeiro?
Ocorreu uma audiência pública na Alerj e o Detro comunicou que veículos de remoção serão utilizados apenas em operações do órgão.

Trabalho que começou com Gabriel Monteiro parece que deu frutos e tivemos bons resultado com a continuidade dada por Alan Lopes e Felippe Poubel, o povo carioca agradece.
O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) não mais providenciará serviços de reboque para operações externas ao seu escopo. Essa decisão foi anunciada durante uma audiência pública conduzida pelas comissões de Combate à Desordem Urbana, Transportes e Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na segunda-feira (25/09).
A medida foi tomada após inspeções realizadas pelos deputados Alan Lopes (PL), Rodrigo Amorim (PTB) e Filippe Poubel (PL) em blitzes e pátios de veículos apreendidos, revelando irregularidades que afetam e sobrecarregam os cidadãos do Rio de Janeiro.
Durante a audiência, os deputados, membros da Comissão de Combate à Desordem Urbana da Alerj, questionaram os problemas e abusos relatados nas blitzes de trânsito, destacando que continuam recebendo denúncias e mensagens de apoio ao seu trabalho.
Filippe Poubel, um dos deputados, enfatizou: "Recebemos dezenas de denúncias e mensagens de apoio à nossa comissão. Estamos cumprindo nosso dever de fiscalizar. Somos representantes do povo e continuaremos firmes porque há muitas organizações prejudicando os cidadãos de bem que precisam ser combatidas".
Durante a audiência, a vice-presidente do Detro, Eneida Ferreira da Silva Paz, expressou surpresa ao descobrir que a empresa APL, contratada para remover veículos apreendidos, não possuía reboques.
Diante disso, o Detro decidiu não mais participar de operações por meio de contratos e convênios com a APL e outras empresas responsáveis pelos pátios onde os veículos apreendidos são armazenados.
Eneida Paz afirmou: "Assim como os deputados, ficamos surpresos. Vamos notificar as empresas de que não haverá mais remoções pela APL ou contratos do Detro em nenhum acordo existente, apenas em operações do Detro".
Alan Lopes, presidente da Comissão de Combate à Desordem Urbana, destacou: "Com a suspensão do contrato, demos um golpe duro na máfia dos reboques. O próximo passo é o estatuto das blitzes, que será entregue esta semana ao governador. Em seguida, vamos criar um manual para os cidadãos, para que saibam seus direitos e deveres quando abordados em blitzes".
Rodrigo Amorim, vice-presidente, concluiu: "Estamos desmantelando uma organização criminosa que tem prejudicado os cidadãos do Rio por anos. Essa máfia dos reboques será eliminada e os responsáveis serão responsabilizados pela polícia e pela justiça, pois a Comissão de Combate à Desordem Urbana está comprometida com isso". Os deputados Guilherme Delaroli e Índia Armelau, ambos do PL, também estiveram presentes na audiência.
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- Desvendando a Trama: A Luta Contínua Contra a "Máfia dos Reboques" e Irregularidades em Pátios no Rio de Janeiro
- A sombra da chamada "Máfia dos Reboques" e as irregularidades nos pátios de veículos apreendidos continuam a ser uma preocupação constante para os cidadãos do Rio de Janeiro. Este cenário complexo envolve não apenas a remoção, por vezes questionável, de automóveis e motocicletas das vias, mas também as condições e a gestão dos locais para onde são encaminhados. Entender a dimensão desse problema e as frentes de combate é crucial.
- O " modus operandi " e os Tentáculos do Problema
- O termo "Máfia dos Reboques" geralmente se refere a esquemas fraudulentos que, infelizmente, demonstram persistência na cidade. Tais esquemas podem abranger desde a remoção indevida de veículos, muitas vezes sem uma justificativa legal clara ou em situações onde uma simples advertência seria suficiente, até a imposição de taxas consideradas exorbitantes para a sua liberação. Relatos e investigações frequentemente apontam para a possibilidade de conluio ou facilitação por parte de agentes que deveriam zelar pela ordem, tornando o combate a essas práticas ainda mais desafiador.
- As consequências para os proprietários dos veículos são inúmeras, indo desde o prejuízo financeiro inesperado até o desgaste emocional para reaver seus bens.
- Respostas e Fiscalização: Um Combate em Múltiplas Frentes
- Diante dessa realidade, diversas iniciativas de fiscalização e repressão têm sido implementadas.
- Ação Policial e Ministerial: Operações policiais e inquéritos conduzidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) são deflagrados periodicamente com o intuito de desarticular essas redes. Investigações buscam identificar e responsabilizar os envolvidos, incluindo aqueles que se aproveitam de cargos públicos para facilitar as irregularidades. Ainda no primeiro semestre de 2024, por exemplo, vieram a público notícias sobre investigações e prisões relacionadas a agentes de segurança suspeitos de envolvimento e colaboração com esses esquemas, especialmente na exploração clandestina do serviço de reboque.
- Vigilância Parlamentar: No âmbito legislativo, tanto a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) quanto a Câmara de Vereadores da capital frequentemente se tornam arenas de debate e proposição de medidas para coibir tais práticas abusivas. Deputados e vereadores, muitas vezes provocados por denúncias da população e da imprensa, buscam através de requerimentos, audiências públicas e projetos de lei, fortalecer os mecanismos de controle e punição. Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) já foram instrumentos valiosos no passado para aprofundar investigações sobre essas máfias, e a fiscalização parlamentar permanece como uma ferramenta essencial na vigilância contínua.
- A Questão dos Depósitos: Um Problema Adicional
- Paralelamente à questão dos reboques, as denúncias sobre as condições e a administração dos depósitos de veículos apreendidos são igualmente preocupantes. Os problemas mais comuns relatados incluem:
- Superlotação e Infraestrutura Deficiente: Muitos pátios operam acima de sua capacidade, com veículos amontoados e expostos às intempéries, o que acelera sua deterioração e pode até mesmo facilitar o furto de peças.
- Burocracia e Falta de Transparência: Os proprietários frequentemente enfrentam processos de liberação lentos, confusos e com pouca clareza sobre as taxas devidas e os procedimentos corretos.
- Cobranças Abusivas: Além das multas e taxas regulares, não são raras as queixas sobre cobranças adicionais consideradas indevidas ou com valores excessivos por diárias e outros serviços.
- Caminhos para a Mudança
- O combate à "Máfia dos Reboques" e a busca por uma gestão transparente e eficiente dos depósitos de veículos no Rio de Janeiro representam um desafio persistente e multifacetado. Exige a atuação firme e coordenada das forças de segurança, do Ministério Público, dos órgãos legislativos e das entidades de defesa do consumidor, como o Procon-RJ, que desempenha um papel fundamental ao acolher e encaminhar as queixas dos cidadãos.
- A conscientização da população sobre seus direitos, o conhecimento dos canais de denúncia e a cobrança por serviços públicos de qualidade são elementos indispensáveis para que se possa vislumbrar avanços significativos e a redução desses problemas que tanto afligem os cariocas. Manter-se informado e vigilante é o primeiro passo.
Matéria Atualizada em 17/06/2025
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